quarta-feira, 31 de maio de 2023

Gordon Miller um dos fundadores da IRF partiu!


 

Gordon Miller

Um Ranger do mundo, que viajou por todos os continentes, com o objetivo de unir toda a família dos Rangers.

Tinha em Portugal um porto seguro que visitou dezenas de vezes!

Os Vigilantes da Natureza terão sempre este ser humano magnífico como inspiração para continuarem com a sua missão de preservar a Natureza para as gerações vindouras.

Nunca serás esquecido!

APGVN

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

DIA NACIONAL DO VIGILANTE DA NATUREZA


 

DIA NACIONAL DO VIGILANTE DA NATUREZA

 

O Dia Nacional do Vigilante da Natureza comemora-se no dia 2 de fevereiro, é uma forma de reconhecer o trabalho daqueles que assumem a tarefa de proteger a Flora, a Fauna e a Biodiversidade.

Os Vigilantes da Natureza desempenham as suas funções numa incrível variedade de ambientes, desde locais históricos até áreas remotas e isoladas do nosso território.

Ser Vigilante da Natureza é ter uma paixão imensa pela Natureza, é estar na primeira linha da defesa do ambiente em Portugal.

É um trabalho que requer uma grande coragem para enfrentar o desafio de defender a Natureza com tão escassos recursos e com tão pouca consideração das entidades para quem desempenham funções e representam no terreno.

Um dos principais objetivos que perseguimos há décadas é o de ver melhoradas as condições de trabalho dos Vigilantes da Natureza, a alteração dos seus índices remuneratórios e a alteração da idade da aposentação. Consideramos de grande injustiça que profissionais a quem tanto é exigido e tanto fazem pela proteção do ambiente e conservação da natureza e da biodiversidade tenham remunerações iguais ao ordenado mínimo nacional.

Recordamos que os Vigilantes da Natureza desempenham funções nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, Agência Portuguesa do Ambiente, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, Região Autónoma dos Açores e Região Autónoma da Madeira, e que um número significativo destes profissionais nunca tiveram a oportunidade de concorrer à categoria seguinte dos quadros de pessoal das respetivas entidades onde exercem a sua atividade.

Os Vigilantes da Natureza que desempenham funções na Região Autónoma dos Açores vivem uma situação insólita, os companheiros que transitaram da carreira de Guarda Hidráulico têm a sua progressão contínua congelada desde que tomaram posse do cargo, não encontrando a APGVN justificação legal para tal impedimento, pelo que irá continuar a insistir junto do Governo Regional dos Açores para que a situação seja resolvida e as progressões a que estes profissionais têm direito sejam executadas e que os mesmos sejam compensados pelos 23 anos de estagnação na carreira.

Os Vigilantes da Natureza que exercem as suas funções na Região Autónoma da Madeira e que são o garante há mais de trinta anos da Soberania Nacional nas Ilhas Selvagens reclamam condições dignas no transporte para as ilhas selvagens e demonstram ativamente o seu desacordo perante a imposição de um Decreto Legislativo Regional que não os beneficia e que a APGVN considera de legalidade duvidosa. Legislar sobre uma profissão com estatuto nacional a nível regional não nos parece que tenham sido cumpridos os requisitos legais.

 

Neste Dia queremos homenagear os valorosos profissionais que de Norte a Sul e nas Regiões Autónomas de Portugal se comprometeram, e se dedicam a proteger o património Natural, também queremos relembrar os companheiros e companheiras que já partiram e que deixaram muitas saudades.

 

Apesar da falta de consideração e respeito dos sucessivos Governos continuamos a exercer a profissão de Vigilante da Natureza com grande orgulho e dedicação.

 

Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Resolução do Conselho de Ministros n.º 123/2022


 

Companheiros (as)!

Recordamos que o referendo sobre a regionalização em Portugal realizou-se em 8 de novembro de 1998. Duas propostas foram apresentadas aos eleitores portugueses: a primeira sobre se se deveria implementar a regionalização em Portugal; a segunda, sobre se caso fosse aprovada a regionalização, se concordavam com a região em que votavam. Os resultados gerais do referendo sobre regionalização foram para a primeira questão Abstenção 52,4%, Sim 36,5%, Não 63,5%, para a segunda questão Abstenção 52,4%, Sim 34,6%, Não 61,4%. Os resultados são bastante elucidativos sobre as escolhas dos portugueses, no entanto, estamos a viver uma regionalização encapuzada e temos como exemplo a Resolução do Conselho de Ministros n.º 123/2022 de 14 de dezembro de 2022, que determina a transferência, a partilha e a articulação das atribuições dos serviços periféricos da administração direta e indireta do Estado nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional.

Ao analisarmos a Resolução do Conselho de Ministros n.º 123/2022 de 14 de dezembro de 2022, ficámos com muitas dúvidas e incertezas, ou seja, as Divisões de Vigilância Preventiva e Fiscalização transitam para as CCDR´s ou apenas as competências elencadas no Resolução do Conselho de Ministros n.º 123/2022 de 14 de dezembro de 2022 e os Vigilantes da Natureza do ICNF continuam a pertencer aos Serviços Centrais na Unidade de Coordenação Nacional de Vigilância Preventiva e Fiscalização?

Vamos questionar o Governo, será que vão responder?

APGVN

segunda-feira, 25 de julho de 2022

Dia Mundial do Vigilante da Natureza – 31 de julho


 

Faltam meios para os Vigilantes da Natureza Portugueses

 

No dia 31 de julho celebra-se o Dia Mundial dos Vigilantes da Natureza e após tantos anos de comemoração continuam a faltar meios para os Vigilantes da Natureza Portugueses.

Os Vigilantes da Natureza desempenham imensas tarefas, desde a vigilância, fiscalização e monitorização do meio ambiente, da execução de censos de espécies selvagens até à identificação de fontes poluidoras, no entanto, os meios necessários para a concretização dessas funções não são disponibilizados pelas diferentes entidades públicas onde desempenham funções. A falta de binóculos e monóculos para efetuarem a monitorização de espécies, a falta de viaturas para transportes de animais que coloquem em segurança os profissionais e os animais transportados são uma realidade, estes simples exemplos colocam como principal desafio à profissão a supressão da falta de meios.

O número reduzido de elementos para tantas tarefas e as remunerações equiparadas ao ordenado mínimo são sem dúvida um grande obstáculo à evolução e ao reconhecimento de uma profissão que tem tudo para desempenhar o seu papel de protetor da Natureza e educador dos homens. O planeta não necessita de ser salvo, mas sim a humanidade!

Uma carreira especial, que só o é para desempenhar as imensas tarefas atribuídas diariamente, mas que já não o é quando olhamos para a folha de ordenado e para os direitos que lhes são sonegados. 

Os Vigilantes da Natureza, nos seus patrulhamentos diários e constantes, vigiam, fiscalizam e monitorizam o Ambiente, intervindo no domínio hídrico, património natural e conservação da natureza. São uma presença permanente na natureza, protegem as paisagens e as áreas classificadas, tudo fazem para garantir a salvaguarda da fauna e flora silvestres.

A lista do que fazem é muito extensa, monitorizam espécies selvagens e habitats, recolhem e se for necessário executam os primeiros socorros a animais selvagens feridos ou debilitados, controlam o tráfico de espécies animais, fiscalizam resíduos e avaliam o seu estado de perigosidade, fazem a inventariação de fontes poluidoras e monitorizam a qualidade das águas e colaboram na reintrodução de espécies ameaçadas.

Os Vigilantes da Natureza são sem dúvida pessoal que está no terreno, mas que não têm como missão unicamente a proteção da Natureza e da Biodiversidade, orientando o seu desempenho também para servir as comunidades locais e a sociedade em geral. Devido à sua ação e cooperação com as populações, estas sentem-se mais próximas do património natural e cultural.

Como já foi referido, a falta de meios é um dos maiores desafios à profissão. No terreno há falta de meios operacionais para o exercício das funções, com especial incidência nas viaturas, meios informáticos e de comunicação, também o número de efetivos existentes em território nacional atingiu um patamar muito preocupante.

Consideramos a formação contínua primordial para elevar os conhecimentos técnicos que possibilitem dar resposta à complexidade crescente de infrações ambientais com que se deparam diariamente.

O aumento da superfície a fiscalizar e o aumento de atribuições origina a necessidade de melhorar a capacidade de ação destes profissionais, o que não é reconhecido pelos decisores em relação ao Corpo Nacional de Vigilantes da Natureza ao lhes negar melhores condições de trabalho e remunerações equiparadas às funções desempenhadas.

FELIZ DIA MUNDIAL DOS VIGILANTES DA NATUREZA

Coruche, 24 de julho de 2022

 

Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza

quinta-feira, 7 de julho de 2022

Ventos de mudança! Um Congresso de Rangers para Rangers

 

Ventos de mudança! Um Congresso de Rangers para Rangers

 

No 9º Congresso Mundial de Rangers realizado entre 12 e 16 de novembro de 2019 em Sauraha, Chitwan, organizado pela International Ranger Federation e pela WildCAN Associação de Conservação da Vida Selvagem do Nepal, a Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza (APGVN), em articulação com o Governo Regional dos Açores apresentou a sua candidatura à realização do 10.º World Ranger Congress – Congresso Mundial de Rangers, que iria decorrer em 2022, no entanto devido à pandemia mundial Covid-19, decidiu-se alterar a sua concretização para o ano de 2023.

A escolha da International Ranger Federation (IRF) foi anunciada pela sua Vice-presidente, Linda Nunn, durante a cerimónia de encerramento do 23.º Encontro Nacional de Guardas e Vigilantes da Natureza, que se realizou no Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina de 30 de Janeiro a 2 de Fevereiro de 2020.

Para o Governo Regional dos Açores esta decisão foi “um claro reconhecimento do trabalho desenvolvido na Região em matéria de conservação da natureza e de biodiversidade, bem como da dignificação e valorização da carreira de Vigilante da Natureza, cujos efetivos duplicaram nos últimos anos”.

A Região Autónoma dos Açores tem 124 áreas terrestres classificadas no âmbito da Rede de Áreas Protegidas dos Açores, o que corresponde a mais de 24% do território emerso do arquipélago.

A APGVN solicitou reunião com o Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, tendo participado na reunião dirigentes da associação portuguesa e a Vice-presidente da IRF, a convite da delegação portuguesa. Com a realização desta reunião ficou bem vincado o empenho do Governo Regional no apoio ao Congresso, tendo sido elaborado um memorando com a descrição do auxílio que o Governo Regional irá conceder.

Também reunimos com a Presidente do Turismo da Região dos Açores que demonstrou o seu apoio ao Congresso, tendo posteriormente sido elaborada pela APGVN a candidatura a apoios financeiros. Efetuámos também reuniões com instituições hoteleiras, de fornecimento de alimentação e com empresas de observação de cetáceos. Visitámos o local das conferências e das refeições.

Para preparação da organização do Congresso realizaram-se várias reuniões entre a APGVN e a IRF ficando bem vincada a intenção da APGVN incluir os custos da alimentação, alojamento e visitação no valor da inscrição, por esse motivo a APGVN tem trabalhado na aquisição de apoios financeiros para cobrir essas despesas e reduzir ao máximo o valor da inscrição, o que irá possibilitar a participação de um maior número de Rangers com menores posses financeiras. Esta proposta não foi aceite pela IRF que insistiu em utilizar os valores dos financiamentos no patrocínio de um grupo restrito escolhido e selecionado pelos dirigentes da IRF, imposição que a APGVN rejeitou. A IRF também exigia que para além de se pagar a inscrição no Congresso, cada participante procura-se o seu alojamento e as refeições, o que a APGVN rejeitou, explicando que individualmente o alojamento e as refeições ficam mais caras e que temos um acordo com uma cadeia de Hotéis com preços mais baixos do que normalmente praticam. Para resolver o impasse a APGVN aceitou a existência de dois tipos de inscrição, uma modalidade apenas com inscrição no Congresso, alimentação e visitação, e outra com inscrição, alojamento, alimentação e visitação incluídas.

A IRF exigia que o financiamento obtido fosse depositado na sua conta bancária, tendo a APGVN explicado que os financiamentos obtidos pelas candidaturas e apoios concedidos por entidades oficiais portuguesas têm que ser depositados em contas nacionais e que temos que apresentar toda a documentação que comprove o investimento das verbas concedidas para o Congresso. Devido à intransigência da IRF informámos que poderiam nomear um seu representante para trabalhar em conjunto com o nosso tesoureiro.

De reunião para reunião a IRF alterava o que tinha combinado e acertado com a APGVN, como prova da insensatez e da falta de profissionalismo da IRF estão as gravações das reuniões, que gostaríamos que fossem divulgadas na íntegra.

Ficou combinado numa das reuniões que a IRF iria elaborar um memorando com as obrigações da APGVN e da IRF o que nunca foi concretizado.

A APGVN produziu um documento para ser utilizado na procura de financiamentos e patrocínios, onde deveriam constar as assinaturas do Presidente da IRF e do Presidente da APGVN e que nunca foi assinado pelo Presidente da IRF.

A APGVN informou que as atas das reuniões não transcreviam o que realmente se tinha acordado, tendo a IRF referido que iriam proceder à sua retificação, o que nunca foi feito, curiosamente não existem atas das duas últimas reuniões, na penúltima tinha ficado tudo combinado para a realização do Congresso e passados uns dias recebemos uma mensagem da Vice-presidente, com a concordância do Presidente da IRF, a solicitar o cancelamento de todas as diligências referentes à organização do Congresso.

No dia 20 de junho realizou-se a última reunião onde fomos informados que a direção da IRF tinha decidido o cancelamento do Congresso Mundial de Rangers e que não valia a pena argumentar porque a decisão estava tomada. Após dois anos de trabalho árduo por parte da APGVN na organização do Congresso com compromissos ao mais alto nível, terminam abruptamente com o nosso trabalho, demonstrando uma arrogância e sobranceria incompreensível.

É importante referir que a IRF não efetuou nenhuma diligência que contribuísse para a organização do Congresso, limitando-se a colocar exigências e entraves.

A APGVN irá realizar um Congresso Mundial de Rangers de 05 a 09 de junho de 2023, na cidade de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, Açores, Portugal, de forma independente, sem nenhuma interferência da IRF ou ligação com os seus dirigentes.

O objetivo da APGVN é possibilitar a participação do maior número possível de Rangers a nível mundial, atrair a atenção da empresa internacional, e conseguir centralizar os olhares do mundo para os Rangers, e para as comemorações do Dia Mundial do Ambiente (05 de junho) e do Dia Mundial dos Oceanos (08 de junho) que se vão realizar durante o Congresso.

A nossa dedicação à organização do Congresso prossegue com a mesma determinação e empenho porque a nossa intenção é elevar e valorizar a profissão de Ranger. Todos sabemos que está em risco a estabilidade do planeta e a sobrevivência da humanidade e de todos os seres vivos e que os Rangers poderão desempenhar um papel importantíssimo para reverter a situação.

Queremos que este Congresso seja útil e que realmente se sinta uma mudança na vida dos Rangers, ambicionamos alcançar a mudança das mentalidades de muitos dirigentes a nível mundial e demonstrar através deste evento da capacidade organizativa e de trabalho destes enormes profissionais.

Ventos de mudança estão cada vez mais próximos, unidos iremos alcançar o que os burocratas da IRF nos queriam negar. Teremos o nosso espaço para dialogar e chegarmos a consensos, para que alcancemos o caminho certo para o reconhecimento de uma profissão tão pouco considerada, que merece ser apoiada e divulgada.

Estamos à vossa espera de braços abertos nas maravilhosas “Ilhas de Bruma”, este será um Congresso de Rangers para Rangers.

Francisco Correia

APGVN

 

 


segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

DIA NACIONAL DO VIGILANTE DA NATUREZA


 

DIA NACIONAL DO VIGILANTE DA NATUREZA

 

O Dia Nacional do Vigilante da Natureza comemora-se no dia 2 de fevereiro, é uma forma de reconhecer o trabalho daqueles que assumem a tarefa de proteger a Flora, a Fauna e a Biodiversidade.

Os Vigilantes da Natureza desempenham as suas funções numa incrível variedade de ambientes, desde locais históricos até áreas remotas e isoladas do nosso território.

Ser Vigilante da Natureza é ter uma paixão imensa pela Natureza, é estar na primeira linha da defesa do ambiente em Portugal.

É um trabalho que requer uma paixão imensa para enfrentar o desafio de defender a Natureza com tão escassos recursos e com tão pouca consideração das entidades para quem desempenham funções e representam no terreno.

Neste Dia queremos homenagear os valorosos profissionais que de Norte a Sul e nas Regiões Autónomas de Portugal se comprometeram e se dedicam a proteger o património Natural, também queremos relembrar os companheiros e companheiras que já partiram e que deixaram muitas saudades.

É um orgulho exercer a profissão de Vigilante da Natureza.

 

Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

TANTA DEDICAÇÃO E TÃO POUCA CONSIDERAÇÃO


Aqui há gato e … cachorro também…

Recordamos que a primeira referência aos Vigilantes da Natureza surge no Decreto-Lei n.º 550 de 30 de setembro de 1975 (Diário do Governo n.º 226/1975, Série I), que cria a Secretaria de Estado do Ambiente, atribuindo, pelo disposto na alínea j), do artigo 20.º, ao Serviço Nacional de Parques, Reservas e Património Paisagístico (SNPRPP) a competência de «criar e manter um corpo de Guias e Vigilantes da Natureza».

Ao longo de 46 anos de existência os Vigilantes da Natureza viram alargada a sua área de atuação, exercendo as suas funções na totalidade do território nacional, tudo fazendo para serem o garante da execução das políticas ambientais nas regiões autónomas e no continente.

No entanto, o caminho que os governantes do nosso país escolheram para estes profissionais é cada vez mais sinuoso, colocando em marcha uma clara subalternização da sua missão em todas as instituições onde desempenham funções.

No ICNF – Instituto da Conservação da Natureza onde desempenham as funções atribuídas à autoridade nacional para a conservação da natureza e florestas, incluindo a fiscalização da caça, pesca em águas interiores e pesca em áreas protegidas, veem a sua missão subvertida e a caminhar para o bem-estar dos animais domésticos, nobre missão, mas que deverá ser entregue a quem por Lei tem essas atribuições e competências profissionais.

Por este andar, os Vigilantes da Natureza para além de financiarem a aquisição de alimento para os animais exóticos apreendidos ou entregues no ICNF, terão por certo que disponibilizar às suas expensas a alimentação dos animais domésticos aos quais foram infligidos maus-tratos.

Ao longo dos anos, tem-se tornado evidente a falta de reconhecimento destes valorosos profissionais, os políticos e dirigentes da função pública deste país nunca valorizaram o papel desempenhado pelos Vigilantes da Natureza na preservação da Natureza, já se esqueceram que na década de 80 do século XX, a caça e a pesca ilegal nos Parques e Reservas Naturais fazia-se sem regras, o campismo e caravanismo selvagem era uma constante, existiam autênticas “cidades” de amontoados de tendas e roulottes junto ao litoral.

Na APA – Agência Portuguesa do Ambiente os Vigilantes da Natureza estão mandatados para executarem as missões atribuídas à autoridade nacional para os resíduos e recursos hídricos.  Em meados dos anos 90 os políticos desencadearam uma ofensiva inexplicável e destrutiva do trabalho prestado ao longo de um século pelos guarda-rios que possuíam uma sabedoria imensa sobre os cursos de água. Se nos anos 90 existiam 400 guarda-rios, atualmente não ultrapassam as 3 dezenas de Vigilantes da Natureza e caminham para a extinção. A fiscalização do domínio hídrico evoluiu, abrangendo atualmente os recursos hídricos superficiais e os subterrâneos, os rios, as albufeiras, as barragens e outras infraestruturas hídricas, e a orla costeira, mas infelizmente o reconhecimento do trabalho desempenhado nunca foi uma realidade, como é que é possível que estes profissionais nunca tenham tido a possibilidade de progredirem na carreira?

Nas CCDR – Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (Centro, LVT e Alentejo) os Vigilantes da Natureza asseguram a fiscalização e a inspeção nas vertentes ambientais (água, ar e resíduos), e também na conservação da natureza e no ordenamento do território. Os objetivos estratégicos e o desempenho dos Vigilantes da Natureza não têm sido recompensados, nem reconhecidos pelos seus dirigentes, passadas três décadas de profissão continuam sem conhecer o que é a progressão na carreira.

O Governo Regional dos Açores aprovou o Decreto Regulamentar Regional Nº 12/2000/A de 18 de abril, que extinguiu as carreiras de Guarda da Natureza e de Guarda Hidráulico do quadro de pessoal da Secretaria Regional do Ambiente, transitando o pessoal provido nestas carreiras para a categoria de Vigilante da Natureza.

A situação parecia ser normal, mas não é, os antigos Guardas Hidráulicos estão impedidos de progredir na carreira, uma grande injustiça sem paralelo no panorama nacional, porque os seus companheiros de profissão têm ascendido na carreira.

Para além desta injustiça que afeta os antigos Guardas Hidráulicos, todos os Vigilantes da Natureza são obrigados a desempenhar as suas funções durante 7 a 9 dias consecutivos sem direito a descanso e para além desta situação desrespeitosa para os direitos dos trabalhadores, têm que fiscalizar, inspecionar e monitorizar de forma solitária, o que vai contra todas as regras de segurança.

Em 1982, com a criação do Parque Natural da Madeira, surge oficialmente a carreira de Vigilante da Natureza na Região Autónoma da Madeira.

Durante décadas os Vigilantes da Natureza em funções na Região Autónoma da Madeira foram o garante da soberania de Portugal sob as ilhas selvagens situadas no meio do Atlântico Norte, pois conferiram a presença humana fundamental para, à luz do Direito Internacional se defender a soberania nacional, viviam sem o mínimo de condições, a falta de consideração é tanta que as instalações só foram melhoradas recentemente quando a Polícia Marítima se instalou no local.

Em 11 de março de 2021 é aprovado o regime legal da carreira especial de Vigilante da Natureza da Região Autónoma da Madeira, que é uma situação de ilegalidade perante as Leis da República, se existe uma profissão a nível nacional como é que se pode alterar e publicar a carreira a nível regional, será que no futuro próximo o governo regional irá alterar e publicar uma nova Lei que irá reger as forças de segurança nacionais a nível regional?

 

Nunca é demais recordar que todos os dias estes briosos profissionais trabalham arduamente para que as espécies e habitats existentes no nosso país se mantenham para que as gerações futuras também possam usufruir dos seus benefícios. 

Os Vigilantes da Natureza anseiam ultrapassar o muro edificado pelo governo contra o sonho de uma carreira profissional digna.

 

Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza


 

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

A Conservação da Natureza em Portugal cada vez mais uma miragem



No seguimento da Deliberação do Conselho Diretivo (Deliberação (extrato) n.º 906/2021 de 31 de agosto de 2021, Diário da República, 2.ª série) que aprova a nova estrutura orgânica nuclear do ICNF, vimos por este meio apelar mais uma vez ao bom senso dos nossos governantes sobre a falência iminente da Conservação da Natureza em Portugal.

Os Vigilantes da Natureza do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas têm como missão a fiscalização, vigilância, monitorização e sensibilização nas áreas protegidas e nas áreas classificadas. Para que seja mais fácil de compreender, comecemos por apresentar alguns números básicos, como a área total de áreas protegidas de âmbito nacional, que este instituto se orgulha de apresentar, 743 220ha, o que corresponde a uma área de 3 625ha a proteger por cada Vigilante da Natureza e que progressivamente veem o seu número de efetivos a decair ao longo dos anos, sem que haja vontade política para inverter esta tendência.

Não podemos de modo algum esquecer, que com a fusão do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade e da Autoridade Florestal Nacional, resultou o atual Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, ficando estes profissionais com a competência de fiscalização, vigilância e monitorização no âmbito dos perímetros florestais, que cada vez exigem mais recursos a este Corpo Nacional, que se desdobra ano após ano, acorrendo também à prospeção no âmbito da fitossanidade florestal.

Aliado a este fator de carência de meios humanos, continuamos a assistir à falta de ferramentas básicas de trabalho para que estes profissionais possam desempenhar as suas funções, tais como: binóculos, veículos todo-o-terreno, embarcações, uniformes e formação adequada para as missões que lhes são atribuídas, como o manuseamento de animais silvestres.

Numa tentativa final de romper com a Conservação da Natureza caem nos nossos braços as incumbências referentes aos animais de companhia.

É de assinalar que as próprias entidades policiais não têm capacidade de resposta para todo o volume de trabalho que esta tarefa exige e é de lembrar também que os animais silvestres, bem como os animais exóticos, vítimas de tráfico, esses sim! Necessitam de proteção e de uma fiscalização robusta! Esses sim, não têm nada que os separe do abismo para onde se encaminha a humanidade!

Na nova reestruturação interna do ICNF podemos assistir ao menosprezo atribuído à fiscalização, competência do Corpo Nacional de Vigilantes da Natureza, omitindo essa palavra demoníaca da única alínea que agrega todas as missões levadas a cabo por este homens e mulheres atualmente, passando apenas a “apoiar” estas missões, enquanto o âmbito do bem-estar dos animais de companhia passam a ter um papel de destaque.

O que é ainda mais incrível é atribuírem a uma autoridade administrativa incumbências impossíveis de realizar, não sendo estes, órgão de polícia criminal, mas que passam a ter uma competência que se insere no âmbito criminal, como é o bem-estar animal.

Chegará o dia em que assistiremos a Vigilantes da Natureza sentados no lancil à porta de uma residência aguardando pela intervenção das entidades policiais.

Neste cenário, qual o futuro da Conservação da Natureza em Portugal?

Que futuro aguardam os Vigilantes da Natureza?

 

 

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE GUARDAS E VIGILANTES DA NATUREZA


 

terça-feira, 27 de julho de 2021

Comemorações do Dia Mundial do Vigilante da Natureza – World Ranger Day


 

Reconhecer o trabalho dos Vigilantes da Natureza é uma prova de respeito pela Natureza.

 

A 31 de julho de 2021 será comemorado em todo o mundo o dia do Vigilante da Natureza.

Neste Dia especial recordamos todos os companheiros que sacrificaram a sua vida na defesa da natureza e celebramos com todos aqueles que continuam o seu valioso trabalho.

Celebramos o trabalho e a dedicação dos Vigilantes da Natureza (Rangers) na proteção dos habitats naturais do planeta, da vida selvagem e do património cultural.

Os Vigilantes da Natureza têm um papel muito importante, são eles que protegem as nossas áreas naturais e o ambiente, evitam a destruição de habitats e ajudam na recuperação dos ecossistemas e na preservação de espécies de animais e de plantas.

Embora de extrema importância, o seu papel ainda é subvalorizado e subestimado no nosso país, apesar de estes profissionais serem o garante do importantíssimo património natural e ambiental não veem refletidas nas suas condições de vida e de trabalho este reconhecimento.

Estes profissionais são fundamentais para a proteção da Natureza devido ao seu conhecimento do terreno e dos habitats.

Apelamos ao governo que melhore as suas condições de trabalho e efetue a atualização dos índices remuneratórios da carreira de Vigilante da Natureza e que faça a contratação de profissionais para esta área em números realistas.

 

https://www.internationalrangers.org/

https://www.europeanrangers.org/

http://apgvn.blogspot.com/

 

APGVN – Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza

segunda-feira, 7 de junho de 2021

SEGUNDA-FEIRA, 5 DE JULHO DE 2021 ÀS 23:00 UTC+01


 https://www.facebook.com/events/832074004120666/?sfnsn=wiwspmo

SEGUNDA-FEIRA, 5 DE JULHO DE 2021 ÀS 23:00 UTC+01

WEBINÁRIO GUARDA PARQUES FEMININOS DO AMAPÁ

 

👇 Click no link para se inscrever

 https://www.facebook.com/events/832074004120666/?sfnsn=wiwspmo


segunda-feira, 26 de abril de 2021

Semana Ambiental”, "Incêndios Florestais em Portugal"

 



Semana Ambiental”,  "Incêndios Florestais em Portugal"

A AAFDL - Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa endereçou um convite à APGVN - Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza para participar como orador no âmbito da “Semana Ambiental” a realizar de 19 a 23 de abril, mais concretamente na palestra intitulada "Incêndios Florestais em Portugal" a ocorrer no dia 23 de abril pelas 14:00h.

Considerando que a defesa, conservação e valorização dos espaços florestais e das Áreas Protegidas é um imperativo nacional, a APGVN participa ativamente em todos os eventos em que é convidada, por entender que é de extrema importância aproximar os cidadãos das causas ambientais e neste caso em particular sensibilizar e clarificar a comunidade estudantil para o valor ambiental existente no espaço rural.

Em representação da Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza estiveram Vitor Casalinho que efetuou uma apresentação sobre o tema: “Papel dos Vigilantes da Natureza na prevenção dos incêndios rurais” e Frederico Leite que efetuou uma apresentação sobre o “Impacto dos incêndios rurais na fauna e na flora das áreas protegidas”.

Recebemos após a palestra mensagens de agradecimento e de admiração pela profissão, devido ao facto de as apresentações terem conseguido cativar a atenção da audiência e terem sido efetuadas de forma clara e objetiva obtendo o sucesso desejado.

APGVN

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

O lobo-ibérico é uma espécie protegida em Portugal?


 

COMUNICADO

O lobo-ibérico é uma espécie protegida em Portugal?

 

 

O lobo-ibérico (Canis lupus signatus) é uma espécie “protegida” em Portugal, desde que a Lei nº 90/88, de 13 de Agosto, estabeleceu as bases para a proteção desta espécie e mais tarde, no ano 2005, ao ter sido classificado com o estatuto de “Em Perigo” no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal.

Para além da legislação existente o que é tem sido realmente feito para a sua proteção?

A recuperação de habitats foi efetuada?

A proteção das suas presas naturais alguma vez existiu?

O Corpo Nacional dos Vigilantes da Natureza foi reforçado, ou a entrada diminuta de novos elementos se deve à anterior conjuntura política, onde o governo necessitava dos votos de quem exige uma aposta real na profissão e assim se adiou a iminente extinção?

 

Quando todos esperávamos, que finalmente, o Lobo-ibérico (Canis lupus signatus) seria uma espécie protegida, por Leis, em toda a Península Ibérica, consequência do debate promovido pelo Governo Espanhol para que um dos últimos grandes predadores deixe de ser perseguido e caçado na totalidade do seu território, deparámos com a triste notícia da morte de dois lobos em Portugal, na região Norte, em Montalegre e em Bragança.

 

Persistentemente alertamos o Governo e a Assembleia da República para a urgência do reforço e da valorização da carreira de Vigilante da Natureza para que estas situações possam ser evitadas, a permanência destes profissionais no terreno é fundamental para a Conservação da Natureza e da Biodiversidade, mas, infelizmente as propostas são sempre chumbadas com os votos contra dos deputados do partido socialista e com a abstenção do partido social democrata, curiosamente, trocam de posição de voto quando alternam as suas posições de governo e oposição.

 

Como é do conhecimento geral a população do Lobo-ibérico contínua em declínio causado pela perseguição intensa de que é alvo por algumas pessoas que deveriam saber que o seu melhor aliado é a Natureza.

Será que não querem entender que a existência de predadores evita a proliferação de outras espécies que podem causar enormes estragos na agricultura.

Devido à ação do lobo os herbívoros selvagens estão em constante movimento, não se fixando por muito tempo em áreas de pastagens utilizadas pelos animais domésticos, não causando assim escassez de pasto.

Nos locais onde ainda sobrevivem lobos existe equilíbrio no ecossistema e os danos provocados pelos javalis, que é uma das suas presas naturais, são muito menores que noutras regiões.

 

Este animal emblemático da fauna ibérica é uma espécie única, um sobrevivente, e merece que o salvemos da extinção.

 

O reforço e valorização do Corpo Nacional dos Vigilantes da Natureza é um passo importantíssimo para a preservação das espécies e dos ecossistemas.

 

 

APGVN

18.02.2021


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

DIA NACIONAL DO VIGILANTE DA NATUREZA


DIA NACIONAL DO VIGILANTE DA NATUREZA

2 de fevereiro de 2021

 

Há 30 anos que se comemora o Dia do Vigilante da Natureza, é um dia especial, nesta data estes profissionais reúnem-se para rever companheiros com quem não estão há bastante tempo, trocam experiências e conhecimentos, mas, este ano tudo é diferente, não será possível organizar nenhum evento presencialmente devido à pandemia.

Os Vigilantes da Natureza garantem a existência do importantíssimo património natural e ambiental do nosso país, não vendo refletidas nas suas condições de vida e de trabalho esse devido reconhecimento.

Ano após ano, os sucessivos governos prometem a valorização da carreira, do reforço de efetivos e da modernização dos meios que irão proporcionar uma melhor atuação. Promessas nunca cumpridas, de circunstância e rapidamente esquecidas.

 

Portugal assumiu a 1 de janeiro, a sua quarta presidência do Conselho da União Europeia (UE), que se estende pelo primeiro semestre de 2021, tendo como lema “Tempo de agir: por uma recuperação justa, verde e digital”, com as seguintes prioridades:

Promover uma recuperação alavancada pelo clima (…);

Reforçar a autonomia da Europa mantendo-se aberta ao mundo, assumindo um papel de liderança na ação climática (…).”

 

As prioridades da liderança portuguesa no Conselho da União Europeia baseiam-se na luta contra as alterações climáticas e a perda da biodiversidade, com as Áreas Protegidas na vanguarda, estas soluções sustentadas na Natureza será que vão ser realizadas?

Como é que este governo se compromete em atingir estes objetivos, alcançar estas metas, em seis meses, quando está a cumprir o seu segundo mandato na governação de Portugal e ainda não cumpriu com a prometida valorização dos Vigilantes da Natureza que estão na linha da frente na proteção das espécies, da biodiversidade, dos ecossistemas, que fiscalizam os operadores de gestão de resíduos, ilegais e licenciados no âmbito do regime geral da gestão de resíduos, a caça e pesca; assumem as funções de vigilância, fiscalização e monitorização relativas ao ambiente e recursos naturais, no âmbito do domínio hídrico, património natural e conservação da natureza, e asseguram a proteção das Áreas protegidas, das Matas Nacionais, Florestas Autóctones e da Rede Natura 2000.

 

Diariamente o ser humano enfrenta situações complicadas, que podem ser resolvidas através da ajuda de profissionais como os médicos, os bombeiros ou a polícia. E no que diz respeito à Natureza, quem é que a ajuda?

Assista aos eventos programados e fique a conhecer melhor os VIGILANTES DA NATUREZA!

 

Em 2 de fevereiro de 2021, no Dia Nacional do Vigilante da Natureza estão programadas as seguintes atividades:

 

- Em colaboração com o Sindicato Nacional da Proteção Civil e com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas irá realizar-se de um Webinar

https://teams.microsoft.com/l/meetup-join/19%3ameeting_NjU1YzFhNjAtNjdhOS00MDI3LTllNzMtMGFkNmU3MjY0MDg5%40thread.v2/0?context=%7b%22Tid%22%3a%229fb1cbbb-cfb6-4066-951d-af243f989e8d%22%2c%22Oid%22%3a%224413619a-5d37-46c0-9321-8159e9a0c95f%22%2c%22IsBroadcastMeeting%22%3atrue%7d

 

- Será apresentado um filme sobre os Vigilantes da Natureza em colaboração com o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas.

 

 

Fui para os bosques para viver de livre vontade,

Para sugar todo o tutano da vida…

Para aniquilar tudo o que não era vida,

E para, quando morrer, não descobrir que não vivi!”

Thoreau

 

 

APGVN – Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza



 

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

COMUNICADO - Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza

 


ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE GUARDAS E VIGILANTES DA NATUREZA

 

 

COMUNICADO

 

A Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes (APGVN) vem por este meio demonstrar a insatisfação dos Vigilantes da Natureza perante as promessas não cumpridas pelo Secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território João Catarino.

Em 30 de janeiro de 2020, no 23º Encontro Nacional de Vigilantes da Natureza, o Presidente do Conselho Diretivo do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, Nuno Banza, mandatado pelo Secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, João Catarino, declarou que no Conselho de Ministros de 20 de março de 2020 iria ser aprovada a revisão e valorização da carreira de Vigilante da Natureza, promessa não cumprida.

Após esta constatação a APGVN isoladamente e conjuntamente com os Sindicatos representativos dos Vigilantes da Natureza tem envidado todos os esforços junto das entidades competentes para que a carreira de Vigilante da Natureza seja valorizada.

Temos deparado com várias iniciativas parlamentares para a valorização da carreira que têm sido rejeitadas pelos deputados do partido do Governo e com a anuência do principal partido da oposição.

No entanto hoje foi publicado em Diário da República, 1.ª série, 25 de janeiro de 2021 a Resolução da Assembleia da República n.º 3/2021 que recomenda ao Governo a criação de suplementos remuneratórios para a carreira de guarda-florestal, proposta completamente justa para uma carreira extinta incompreensivelmente desde 2004, mas mais uma vez os Vigilantes da Natureza são esquecidos.

O desconhecimento por parte de muitos deputados da Assembleia da República e do Governo para com a carreira de Vigilante da Natureza é incompreensível, porque estes profissionais têm disponibilidade imediata, enfrentam riscos, fiscalizam a caça e pesca, assumem as funções de vigilância, fiscalização e monitorização relativas ao ambiente e recursos naturais, no âmbito do domínio hídrico, património natural e conservação da natureza, asseguram a proteção das Áreas protegidas, das Matas Nacionais, Florestas Autóctones e da Rede Natura 2000.

Recordamos que Corpo Nacional de Vigilantes da Natureza foi criado em 1975, como um Corpo Especializado na Preservação do Ambiente e Conservação da Natureza e que estes profissionais são profundos conhecedores das suas áreas de atuação, com aptidões e vocação para desempenhar as tarefas que lhe estão confiadas, a sua função cumpre-se através da sua permanente presença na área a seu cargo, mediante patrulhamentos terrestres e aquáticos contínuos.

 

Alertamos para o facto de que os Vigilantes da Natureza no início da sua carreira auferem 1 euro e 93 cêntimos acima do ordenado mínimo e que os profissionais com 30 anos de carreira recebem remunerações muito baixas para as funções que desempenham.

Esperamos que o Governo promova a correção destas injustiças e proceda à valorização da carreira de Vigilante da Natureza, com a publicação do respetivo diploma.

Os Vigilantes da Natureza tudo fazem e continuarão a fazer, em defesa da sua missão, pelo futuro da sua Profissão e na defesa ética e intransigente dos valores naturais que juraram defender e preservar.