sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Não passou de uma miragem, de uma ilusão!


50 novos Vigilantes da Natureza! Não passou de uma miragem, de uma ilusão!

Em todo o mundo, os Vigilantes da Natureza estão na linha de frente da Conservação da Natureza!
Eles são o rosto e os embaixadores da Conservação da Natureza.
A variedade de tarefas e deveres dos Vigilantes da Natureza é muito vasta, desde patrulhamento, vigilância, fiscalização, aplicação da lei, até ao contacto com a população local e monitorização da vida selvagem.
Estas múltiplas funções são e continuam a ser desempenhadas com grande profissionalismo por um número escasso de Vigilantes da Natureza, que com parcos meios consegue desenvolver o seu trabalho muitas vezes devido à sua imaginação, experiência profissional e engenho.
Existe uma falta claríssima de investimento na profissão de Vigilante da Natureza por parte das diferentes tutelas onde estes profissionais desempenham funções, o seu número é tão reduzido nas CCDR - Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional que em algumas regiões não existe nenhum elemento, sendo no total 13 profissionais, na APA - Agência Portuguesa do Ambiente ainda resistem heroicamente 27 profissionais e no ICNF - Instituto da Conservação da Natureza e Florestas sobrevivem 118 elementos.
O que aqui se escreve não é fruto da nossa imaginação, é verdadeiro e real, o que é uma miragem e uma ilusão é o que está previsto no Orçamento de Estado (OE) onde se preconiza a admissão de pelo menos 50 Vigilantes da Natureza para os quadros do ICNF. A realidade é que está a aproximar-se o final do ano de 2017 e não se vislumbra a entrada de novos elementos para a profissão.
Infelizmente sempre foi política do Ministério do Ambiente, não apenas do atual, abandonar e desprezar aqueles que desempenham as funções de defesa do ambiente e da conservação da natureza, sempre preferiram apoiar outras entidades pertencentes a outros Ministérios em detrimento dos funcionários da sua própria casa, é uma herança que parece aceitaram de bom grado!
O investimento em equipamentos e em formação para os Vigilantes da Natureza não passa de uma miragem. A realidade é que faltam os meios operacionais para o exercício das nossas funções, com especial incidência nas viaturas, meios informáticos e de comunicação. A verdade é que a formação contínua dos Vigilantes da Natureza é primordial para elevar os níveis culturais e conhecimentos técnicos para que se possa dar resposta à complexidade crescente que é a conservação da natureza e da biodiversidade, mas continuam a ser-nos negadas.

A nossa dedicação e profissionalismo não são em vão porque a proteção da natureza e da vida selvagem é a nossa missão!

APGVN

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